(Divulgação/Fremantlemedia/SBT)

Filipe Santos é o grande vencedor da segunda temporada do Cozinha Sob Pressão. O chef superou todos os desafios do reality e levou para casa R$ 100 mil em barras de ouro, além de uma viagem para Nova Iorque e um curso na escola de gastronomia CIA. “A emoção é incrível, vontade de sair gritando, pulando. Toda a minha família estava ali, se eu ganhei alguma coisa, foi por culpa deles”, comemora.

Hugo Grassi ficou com o segundo lugar e festejou ao lado da família e ex-participantes no estúdio. “Me sinto um campeão de chegar até aqui, de ter aguentado a pressão”, disse. Em entrevista ao blog Cozinha Sob Pressão, o campeão fala sobre a grande conquista e os planos para a carreira. Veja:

Blog Cozinha Sob Pressão: Qual a sua especialidade na cozinha?
Filipe: Todo cozinheiro é um atleta de alta performance,quanto mais prática, menos erra.Tive a oportunidade de trabalhar no D.O.M por três anos. Então a minha maior referência é a cozinha Brasileira contemporânea. Aprendi a valorizar nossos ingredientes

CSP: Em algum momento durante o programa pensou que pudesse ser campeão?
Filipe: Essa idéia nunca me abandonou, eu sempre disse que seria o campeão.Voltar pra casa antes da final não era uma opção minha, sabia que só dependia de mim

CSP: Faria algo diferente?
Filipe: Nada.Faria exatamente igual

CSP: Você passou o programa bem quietinho. Era uma tática para enfrentar a pressão?
Filipe: Pessoalmente sou uma pessoa calada e muito observadora. Acredito que dentro de uma cozinha de alta performance o foco deve ser total. Depois de trabalhar com o Geovanne Carneiro, subchef do restaurante D.O.M, me eduquei a falar menos e observar mais.A pressão não me encontrou dentro do Cozinha sobre Pressão. Estava lá para dar o meu melhor até o fim e não foi diferente.Eu não tinha plano B, só a vitória final me interessava

CSP: Como eram os castigos para você?
Filipe: Sempre encarei os castigos como uma tarefa a ser cumprida o mais rápido possível, embora eu tenha participado apenas de dois ou três. Encarava como uma parte do processo e tinha que ser bem executada

CSP: Qual prova sentiu mais dificulade?
Filipe: Sem dúvida foi a do macarrão com molho Alfredo

CSP: Qual o principal desafio durante as provas? 
Filipe: O principal desafio acredito que seja você se impor sem ser autoritário. Ser sagaz,observador e ter ginga de cozinha. Entender o funcionamento, seus ritmos, teus momentos críticos e a possibilidade do erro sempre por perto. Você tem que manter o foco e a mente sempre fresca

CSP: Sai do programa com alguma mágoa?
Filipe: Jamais. Não tenho mágoa de ninguém. Entrei tão blindado e focado para ganhar que não ia perder o foco me envolvendo em questões paralelas.Fiz boas amizades e bons contatos, e desejo sucesso a todos. Fomos guerreiros e elevamos o nível do programa de maneira considerável, escrevemos uma nova história do Cozinha sobre Pressão

CSP: Qual a lição que tira da participação no reality?
Filipe: O dominío da mente

CSP: Como foi a tensão da grande final?
Filipe: Engraçado, eu não estava tenso. Tenho experiência em fazer uma cozinha funcionar, sei falar a língua, me sinto bem dentro daquele aparente caos. Sempre dizem que todo chef de cozinha é o comandante de uma tripulação pirata, e foi.Eu era o capitão e minha equipe fez um trabalho exemplar, sou muito grato a todos

CSP: E competir com o Hugo?
Filipe: Acredito que fizemos uma disputa acirrada, ele é um excelente chef de cozinha. É experiente,criativo e muito crítico ao seu próprio trabalho.Temos duas linhas completamente diferentes,ele é mais italiana clássica,eu tenho uma pegada mais brasileira contemporânea. Foi bacana ver duas mentes completamente diferente entregando um belo serviço para o Bertolazzi.

CSP: O que vai fazer com o prêmio? Quais os planos após o reality?
Filipe: Já tinha o projeto “Chef lá em Casa”, agora vou estruturar melhor e seguir oferecendo serviço de personal chef, consultoria e eventos.